Os riscos do sarampo e a importância da vacinação
Até o início de setembro de 2018, foram confirmados 1.673 casos de sarampo em todo o Brasil, e mais de 7 mil casos ainda estão sendo investigados. Os surtos se concentram mais na região norte do país e já causaram oito óbitos.
Na teoria, o sarampo era uma doença que havíamos erradicado. O que aconteceu para que tantas pessoas estejam sendo diagnosticadas com sarampo? Como é possível identificar a doença? E como preveni-la?
Saiba mais no post de hoje!
Sarampo: transmissão, sintomas e complicações associadas
O sarampo é uma doença infecciosa e extremamente contagiosa que pode ser contraída por pessoas de qualquer idade.
O vírus do sarampo pode ser transmitido pelo contato direto com a saliva ou secreções nasais de uma pessoa infectada, ou pela via aérea, por meio de secreções expelidas ao espirrar, tossir e falar.
Em grande parte das pessoas com sarampo, os sintomas são característicos e incluem febre, mal-estar, tosse, coriza e conjuntivite.
O período contagioso ocorre por vários dias antes e depois do aparecimento do exantema – manchas vermelhas no corpo – quando os sintomas são mais acentuados. Por isso, quando alguém está com sarampo, é preciso evitar contato com outras pessoas.
A maioria das complicações causadas pelo sarampo envolve infecções do trato respiratório, podendo levar à obstrução das vias respiratórias, principalmente em crianças pequenas.
As complicações infecciosas têm relação direta com a gravidade da doença, principalmente em crianças desnutridas e menores de um ano de idade.
Além disso, muitas crianças com sarampo têm diarréia, fator que contribui para a desnutrição. O desenvolvimento de otite e de complicações neurológicas também podem ocorrer.
Muitas vezes pensamos no sarampo como uma doença simples de cuidar, mas isso é porque já temos a vacina há muitos anos. Antes do surgimento da vacina, no entanto, ele foi a maior causa de mortalidade infantil do país.
Vacinar é fundamental
Para prevenir o sarampo, o único jeito é vacinar. Você pode levar seu filho a um posto de saúde ou procurar a vacina na rede privada. Ele vai tomar a tríplice viral ou a tetra viral, dois tipos de vacina que previnem o sarampo.
A tríplice viral deve ser aplicada em bebês de 12 meses e, depois, a tetra viral aos 15 meses de idade. Crianças de 5 a 9 anos não imunizadas anteriormente devem receber duas doses da tríplice viral. Além das crianças, adolescentes e adultos até 49 anos também podem ser vacinados.
O problema que temos enfrentado, no entanto, é que muitas pessoas não entendem a importância da vacinação. Em mais de 300 cidades brasileiras, o índice de cobertura da vacina da poliomielite (paralisia infantil), outra doença que havíamos erradicado, deveria estar em 95%, mas está abaixo de 50%.
É importante entendermos que, mesmo quando uma doença é erradicada em nosso país, ela ainda existe no mundo e sempre pode voltar.
Em crianças pequenas – principalmente as desnutridas – e até mesmo em adultos jovens, o aparecimento de complicações associadas ao sarampo são mais frequentes, sendo as complicações neurológicas as que mais assustam.
Por isso, não caia em rumores sobre vacinas serem nocivas ou causarem outras doenças. Vacinar seu filho é a única maneira de protegê-lo de diversas enfermidades que podem não apenas causar mal-estar, mas colocar a vida dele em risco.
Se o seu filho ainda não tomou a vacina do sarampo, leve-o para tomar o quanto antes. Aproveite para conferir a carteirinha de vacinação e descobrir quais outras vacinas ele ainda não tomou.
As vacinas para hepatite e meningite, por exemplo, são igualmente importantes. Seu filho está com essas vacinas em dia?