O transplante de células-tronco hematopoiéticas (transplante de medula óssea) constitui-se em uma estratégia terapêutica frequentemente empregada no tratamento de pacientes com doenças onco-hematológicas, imunológicas e genéticas.
As indicações mais comuns desse transplante são para crianças ou adultos com idade igual ou inferior a 70 anos, nas situações de doenças hematológicas malignas, falência medular, hemoglobinopatias, distúrbios metabólicos, imunodeficiências, neuroblastomas, retinoblastomas, osteosarcomas e outros tumores sólidos.
As células-tronco hematopoiéticas podem ser armazenadas para uso posterior, caso não haja indicação para sua infusão a fresco. Vários recursos tecnológicos permitem o armazenamento dessas células por 24 anos ou mais. A manutenção da viabilidade das células submetidas ao congelamento dependerá de dois fatores: a capacidade de resistir ao dano mecânico oriundo da formação de cristais de gelo no seu interior e/ou desidratação, e o bloqueio das vias enzimáticas do ciclo celular.
Para tanto, o congelamento escalonado é essencial para evitar danos às células, e o armazenamento em temperaturas menores que -80°C é importante para a manutenção da viabilidade celular após períodos de armazenamento superiores a dois anos.
Atento a esse cenário, o Hemocord disponibiliza aos centros transplantadores ou aos centros coletadores, a estrutura e a tecnologia necessárias para o congelamento e armazenamento de células-tronco hematopoiéticas da medula óssea e sangue periférico, com congelamento gradual automatizado e posterior armazenamento em tanques de nitrogênio, sob temperaturas ultra baixas (inferiores a -150°C).
Nosso laboratório utiliza técnicas e equipamentos para criopreservação e armazenamento seguindo normas padronizadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) e Food and Drug Administration (FDA), fundamentais para o sucesso terapêutico.
Quase a totalidade dos centros de transplante utilizam o método manual de congelamento de medula óssea. Sabe-se que esse método não é o melhor para obter o maior número de células-tronco viáveis no momento do transplante.
O protocolo do Hemocord, realizado com equipamento automatizado que permite resfriamento lento e programado – cerca de 1ºC por minuto – é essencial para o controle contínuo do processo de congelamento, além de evitar a formação de cristais de gelo no interior das células. Tais cristais de gelo podem romper a membrana celular, reduzindo o número de células viáveis para o momento do transplante².
Quase a totalidade dos centros de transplante utilizam o método de armazenamento da medula óssea em freezers mecânicos, a -80oC, que permitem validade de apenas 2 anos do material.
O protocolo do Hemocord consiste no armazenamento em tanques de nitrogênio, preservando o material entre -170oC e -196oC. Esse armazenamento em temperaturas ultrabaixas previne a formação progressiva de cristais de gelo no interior das células, que acabam lesionando-as com o passar do tempo e reduzem sua viabilidade. Além disso, o armazenamento em nitrogênio bloqueia as vias enzimáticas do ciclo celular, o que previne seu desgaste e envelhecimento³.
Estudos comprovaram que o armazenamento de células da medula óssea em temperaturas abaixo de -130°C, proporciona maior estabilidade e recuperação de células no momento do uso, comparado ao material que permaneceu em freezer mecânico, a -80°C (método tradicional)4.
Cryomed – congelamento lento e programado.
Tanques de Nitrogenio para armazenamento a longo prazo.
Referências:
1. Bone Marrow Transplantation, 2010; 45(2): 219-34 / 2. Bone Marrow Transplantation, 1996; 17: 425-430 / 3. Criobiology 1999; 38: 140-153 / 4. Transfusion, 1972; 12:312-316.
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Nossa equipe estará presente no Hospital para a retirada do material após seu procedimento.
Após o processamento, o laboratório enviará por e-mail as informações sobre o material coletado ou entrará em contato telefônico nas 48 horas posteriores. Dessa forma, solicitamos que um dos telefones esteja disponível, em caso de necessidade, para receber esse contato.