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Tumor de Wilms é um dos mais frequentes em crianças

A utilização de células-tronco do sangue de cordão umbilical é uma das alternativas para tratar essa grave doença.
Um dos tipos de câncer mais frequente em crianças é o tumor de Wilms, que atinge os rins. Também chamado de nefroblastoma, é uma doença sem agentes preventivos que acomete uma em cada 10 mil pessoas no mundo inteiro. Geralmente, afeta as crianças com menos de cinco anos de idade por determinadas malformações, sendo mais comuns as que estão ligadas ao trato urogenital. Alterações como a hemi-hipertrofia (aumento de um dos lados do corpo, assimetria dos membros) e a anirídia (ausência da íris do olho) também estão associadas.
Segundo a oncologista pediátrica, Ângela Rech, esse câncer corresponde a 95% dos tumores renais incidentes na infância. “O diagnóstico é feito através de ultrassonografia do abdômem, que permite uma visão mais detalhada. O prognóstico é favorável e as chances de cura chegam a 80%”, explica a especialista.
O tratamento no Brasil utiliza o protocolo europeu denominado SIOP 2001, que oferece quimioterapia pré-operatória. “O tratamento cirúrgico fica adiado, devendo o paciente receber entre quatro a seis ciclos de quiomioterapia prévia. Após essa etapa e de acordo com a resposta histológica, o paciente recebe uma classificação de risco que indica se vai receber a quimioterapia, seguida ou não de radioterapia”, ressalta a médica.
O tumor de Wilms pode acometer qualquer região de ambos os rins, porém, costuma ser um câncer solitário, apresentando alguma metástase de pulmão ou fígado em até 15% dos casos. Entre os sintomas estão o inchaço abdominal, a falta de vitalidade da criança (astenia), vômitos, dor abdominal e febre, perda do apetite, náuseas, mal-estar, constipação e 25% dos casos apresentam sangue na urina (hematúria).
Caso ambos os rins estejam comprometidos, as funções renais podem ser afetadas. Nesses casos, o médico deve se certificar que os tumores foram completamente removidos e apenas a quantidade de tecido necessária. As crianças que têm a totalidade ou parte de ambos os rins ressecados podem precisar de diálise ou, eventualmente, de um transplante renal.
Usualmente, o tratamento principal é a quimioterapia, sendo o transplante de medula realizado como adjuvante.

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