TV imita a vida: personagem de novela usará sangue de cordão para combater leucemia

sangue de cordão a lei do amor

Um drama de novela em “A Lei do Amor”, folhetim das 21h da Rede Globo, se torna uma história cuja semelhança com a realidade não é mera coincidência. Nela, a personagem Letícia, vivida por Isabella Santoni, aposta toda sua esperança no sangue de cordão umbilical de seu futuro irmãozinho para realizar tratamento contra uma leucemia reincidente.
A personagem, que no começo da novela estava se tratando da doença, desta vez contará com a gravidez inesperada da mãe, Helô (Cláudia Abreu), para fazer um transplante alogênico a partir das células-tronco extraídas do sangue de cordão de seu irmão no momento do nascimento.
Revelado no capítulo da sexta-feira, 10 de março, o retorno da doença de Letícia promete ser um dos momentos mais dramáticos da novela, que está em sua reta final.
Não é a primeira vez que o sangue de cordão umbilical se torna esperança para uma personagem de novela. Em “Laços de Família”, exibida nos anos 2000, a personagem Helena (Vera Fischer) tem uma gravidez tardia para salvar a filha Camila (Carolina Dieckmann) de uma leucemia, com um transplante de células-tronco obtidas do sangue de cordão de sua irmãzinha recém-nascida.

Sangue de cordão umbilical: muito além da TV

As células-tronco hematopoiéticas são utilizadas há décadas no tratamento da leucemia. Essas células podem ser obtidas a partir da medula óssea de um doador compatível, ou então de uma amostra de sangue de cordão compatível, caso da personagem da novela “A Lei do Amor”.
O primeiro transplante do gênero no mundo mudou a vida de Matthew Farrow, em 1988. Na infância, foi diagnosticado com anemia de Fanconi e, para tratá-la, foi realizado o procedimento a partir das células-tronco extraídas do sangue de cordão umbilical de sua irmã recém-nascida.
Passados alguns anos de pesquisas e desenvolvimento, o sangue de cordão está sendo utilizado em diversos ensaios clínicos para outras doenças, além das doenças do sangue. Esse novo recurso também trouxe fôlego à vida da família Krebs, cujo filho caçula, Brady, nasceu com paralisia cerebral. Devido ao uso de células-tronco extraídas do sangue de cordão coletadas ao seu nascimento, hoje Brady tem uma vida bem mais confortável.