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Perspectiva do uso de células-tronco para melhorar a fertilidade feminina

O endométrio, camada que reveste o interior do útero, tem grande influência nas chances de gravidez – pois é ali que o embrião recém formado se fixa para obter nutrientes da mamãe. Portanto, se a camada endometrial não está espessa o suficiente, o bebê pode acabar não se desenvolvendo.
Na Síndrome de Asherman há formação de tecido cicatricial, provocando aderências uterinas e alterações no endométrio, dificultando a gestação e aumentando a chance de abortamento. E na tentativa de encontrar um tratamento efetivo para esta condição, vários pesquisadores demonstraram que o implante de células-tronco no útero pode aumentar a espessura do endométrio de forma estatisticamente significativa e por um período de tempo prolongado. Zhao e colaboradores analisaram oito estudos, que usaram células-tronco num total de 79 pacientes com esta síndrome, registrando a espessura endometrial antes e depois da terapia com células-tronco. Os resultados mostraram que houve um aumento da espessura endometrial após o tratamento em todos os estudos avaliados, bem como melhora nas taxas de gravidez. Além da eficácia, foi comprovada a segurança da terapia celular em todas pesquisas.


Assim, a terapia baseada em células-tronco aparece como uma nova estratégia para o manejo da Síndrome de Asherman e nos casos de infertilidade por endométrio fino com falha nos tratamentos convencionais. O objetivo do transplante de células-tronco no útero é fazer com que elas fixem residência na camada basal do endométrio, mas as vias de administração específicas usadas para entregar as células também variam amplamente entre os ensaios clínicos. Um método de entrega é infundir as células nas arteríolas espirais, que são pequenas artérias que fornecem sangue ao endométrio. A maioria dos testes injeta as células diretamente no endométrio durante uma histeroscopia. Um método mais elaborado usado é carregar as células em algum tipo de matriz (normalmente uma estrutura de colágeno) e, em seguida, transplantar esse pedaço de tecido projetado para o revestimento uterino. Estudos com um maior número de mulheres tratadas podem estabelecer evidências mais sólidas quanto à melhor forma de administrar esta terapia na clínica.

Fontes consultadas: Verter, F. Restoring Women’s Fertility with Birth Tissues. Parent’s Guide to Cord Blood Foundation Disponível em:

> https://parentsguidecordblood.org/en/news/restoring-womens-fertility-birth-tissues <

Zhao Y et al. Clinical Efficacy and Safety of Stem Cell-Based Therapy in Treating Asherman Syndrome: A System Review and Meta-Analysis. Stem Cells International 2020;

Disponível em: > https://downloads.hindawi.com/journals/sci/2020/8820538.pdf <

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