Como o pai pode participar da gestação e dos cuidados com o bebê

Pai Participativo na Gestação

O período gestacional é uma mudança significativa, não só na vida da mãe, mas também do pai. Um bebê traz consigo uma série de modificações na rotina dos pais que certamente vai exigir muito jogo de cintura e colaboração mútua para se adaptarem às mudanças que estão por vir.

Para um pai, as mudanças são um tanto quanto subjetivas, principalmente por não passar de fato por alterações físicas e, principalmente, comportamentais – como é o caso da mãe, que gera o bebê.

As mudanças de comportamento do pai não atingem somente a aceitação com seu novo papel na constituição familiar, mas alterações na rotina sexual e na própria sexualidade do casal. Um estudo feito em 2003 na Escandinávia também apontou a falta de apoio do parceiro como uma das maiores causas de insatisfação e baixa autoestima da gestante.

Assim, é fácil entender que o papel do pai vai muito além de assinar o cheque do obstetra ou pensar nas contas, enquanto a futura mamãe enfrenta a gravidez. Diferente do que era costume antigamente, os pais devem e estão cada vez mais participativos, de forma ativa, seja durante o processo ou após o parto, nos cuidados com o bebê.

Confira a seguir, como o pai pode desenvolver esse papel tão importante na gestação:

Suporte e apoio no início

A gestação é um processo fisiológico altamente instável no primeiro quadrimestre devido às mudanças hormonais, o que causa muito enjoo, náuseas, falta de apetite e até mesmo variações no humor da mulher.

Por isso, a participação do pai no início tem que ser de suporte e apoio total à gestante e ao bebê.

A mulher tende a ficar muito desestabilizada e insegura devido a variação hormonal e mudanças físicas, portanto, demonstrar carinho, admiração e fazer elogios é algo muito importante para a gestante e deve ser feito pelo pai e pelos familiares).

Presença do pai na gravidez

Com o passar dos meses, a gestação tende a ficar mais tranquila para a mulher, pois o bebê começa a fazer os primeiros movimentos (entre a 14ª e 20ª semanas).

No momento de estabilização da gravidez, em que a gestante normalmente também começa a se livrar dos enjoos e outras consequências desagradáveis das alterações hormonais, o pai precisa estar sempre presente e focado na criança que está por vir. É crucial também acompanhar a mulher em consultas com o ginecologista, bem como a realização de exames rotineiros, como ultrassom e análises laboratoriais.

Compromissos profissionais são importantes, mas o foco principal deve ser a esposa e a criança que está chegando.

Após o nascimento: atenção, amor e carinho em dobro

Bebê e mãe necessitam de atenção, amor e carinho em grandes doses após o nascimento. É obrigação do pai dividir todas as tarefas com a mãe: cuidar dos afazeres domésticos, dar banho, trocar a fralda e auxiliar na alimentação da criança.

Estudos demonstram que há um crescente número de pais que apoiam de maneira física e psicológica suas parceiras, algo antes fadado ao universo feminino.

Por fim, o homem não precisa acreditar que é necessário ter grandes habilidades para ser um bom companheiro. Não são necessários grandes feitos, qualquer tipo de ajuda é válido – cada pequeno gesto que o homem puder fazer para se envolver na gestação e educação do bebê fará uma grande diferença para a criança no futuro.