Crianças e redes sociais: até onde os pais devem proibir?

Crianças e redes sociais

As redes sociais crescem cada vez mais no Brasil e no mundo. Não há para onde fugir: não importa se você quer conversar com sua família, fazer contatos profissionais, reencontrar velhos amigos ou conhecer gente nova, as redes sociais podem facilitar todos esses tipos de interação. No entanto, o assunto é outro quando se trata de crianças e redes sociais.
Tudo o que é postado lá – fotos, textos e tudo o mais – fica disponível para muitos verem, inclusive pessoas mal-intencionadas. Como proteger as crianças desse tipo de situação? Devemos proibi-las de acessar esses sites, ainda que todo mundo esteja conectado por eles?

Crianças e redes sociais: hábitos e riscos

Crianças e pré-adolescentes começam a usar as redes sociais cada vez mais cedo. O uso do computador e outros dispositivos móveis, como celulares e tablets, já vem começando no primeiro ano de vida.
Quando as crianças tomam consciência das redes sociais e descobrem o que podem fazer nelas, já querem criar suas contas.
A verdade é que a maioria dessas redes estabelece uma idade mínima para os seus usuários. O Facebook, por exemplo, coloca uma idade mínima de 13 anos. No entanto, burlar essa regra é muito fácil – já que só é preciso mentir o ano em que nasceu.
Os riscos são muitos:

  • a divulgação de dados pessoais pode ser utilizada por pessoas de má fé;
  • muitos criminosos tentam aliciar crianças pelas redes;
  • pedófilos também usam as redes sociais para encontrar vítimas em potencial.

Em 2010, foi lançado o filme Confiar, que explora a temática da pedofilia na internet. No enredo, uma família que mora nos subúrbios de Chicago, EUA, presenteia a filha de 14 anos com um computador. Logo no primeiro uso, a adolescente entra em uma sala de bate-papo e faz uma amizade suspeita que vai mudar sua vida.
Além desses riscos, crianças que estão nas redes sociais podem passar por situações de constrangimento e bullying. Recentemente, participantes do programa MasterChef Junior sofreram ataques de homofobia e receberam comentários sexuais nas redes sociais. Esse tipo de comentário pode traumatizar qualquer criança.
Mas proibir completamente o acesso às redes sociais é a melhor saída?

Possibilidades de uso das redes sociais por crianças

Quando o assunto é crianças e redes sociais, muitos acreditam que não há o que pensar e a proibição é o melhor caminho. Mas a verdade é que estar conectado não traz apenas riscos.
Hoje em dia, as redes sociais muitas vezes são usadas em sala de aula, como uma forma rápida e prática de interagir e aprender.
Crianças que utilizam as redes sociais também exercitam sua autonomia e criatividade enquanto dialogam com o mundo. Lá, elas são encorajadas a dar opinião, divulgar trabalhos, expressar seus gostos.
No entanto, os pais podem e devem controlar o uso das redes. Existem aplicativos, como o MamaBear, que rastreiam o uso das redes sociais para que os pais possam manter seus filhos seguros. Ele avisa quando as crianças fazem amigos, ganham seguidores e recebem mensagens e comentários.
Mas esse controle pode ser feito sem a ajuda de aplicativos, por meio de algumas orientações. Por exemplo, diga ao seu filho para não divulgar dados pessoais e controle o tempo que ele passa nas redes sociais.
Explique que esses sites podem ser perigosos. Promova o diálogo em sua família para que as crianças se sintam confortáveis para avisar se houver qualquer problema.
Em um mundo cada vez mais conectado, é importante proteger e orientar nossas crianças e adolescentes, nas redes sociais e fora delas.
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