Hebiatra ajuda no desenvolvimento de adolescentes
Especialidade trata de problemas físicos e emocionais na fase de transição da puberdade para a vida adulta
Para as crianças, o pediatra. Para os idosos, o geriatra. Para os adolescentes, o hebiatra. Isso mesmo, apesar de parecer estranho existe uma especialidade para os jovens com idade entre 11 e 20 anos, que não se encaixam mais nas agendas dos pediatras, mas que ainda são considerados crianças pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e pela Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP).
Conforme a hebiatra do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA), Lilian Day Hagel, a especialidade ainda não é muito conhecida, mas a consulta é indispensável. “É um período de idade que apresenta intensas e significativas mudanças no corpo, tanto no crescimento como no desenvolvimento, sendo necessário monitorar esse período”, explica a especialista.
A sistemática de consultas com hebiatra difere do pediatra, pois os pais só participam da primeira visita ao médico. É interessante que as consultas iniciem ainda no início da puberdade (que ocorre, geralmente, entre nove e dez anos), com retorno em seis meses. Após esse contato inicial, é recomendada, pelo menos, uma visita anual.
Lilian Hagel ressalta também a importância do acompanhamento nessa fase de ensaio da vida adulta. “As enfermidades mais comuns que trabalhamos são as dúvidas no desenvolvimento, como atraso na menstruação, baixa estatura, acne, obesidade, sobrepeso, sinusites, viroses e dúvidas em relação ao comportamento. O hebiatra avalia as modificações físicas e emocionais e faz uma abordagem com a família também, pois consegue perceber e avaliar as alterações normais no comportamento e rastrear transtornos mentais”, completa.
Alterações posturais (como a escoliose), associadas ao crescimento, ginecomastia (crescimento transitório da glândula mamária no adolescente do sexo masculino), atraso puberal e alergias, como asma e rinite, estão entre os problemas que são abordados pelo hebiatra.
Visitar um especialista focado na adolescência pode ser o caminho mais recomendado para sanar dúvidas em assuntos sobre os quais seu filho não se sentiria confortável para dividir com a família.