Estudo demonstra segurança da terapia com células-tronco de cordão umbilical em crianças com problemas neurológicos

Quando um novo tratamento é proposto por pesquisadores, não só a efetividade terapêutica precisa ser testada. O monitoramento da dose, a ocorrência de efeitos adversos e forma de administração, por exemplo, são muito importantes para a definição da viabilidade da nova terapia. E quando o tratamento proposto é na população infantil, é muito importante que o recurso terapêutico leve em consideração efeitos de longo prazo, para que não afete o crescimento e o desenvolvimento da criança. 

Para padronizar um tratamento com células-tronco de cordão umbilical em crianças com problemas neurológicos, um grupo de pesquisadores americanos desenvolveu um protocolo de terapia celular para pacientes com idade média de 6 anos. Mais de 1400 crianças foram inscritas para participar da pesquisa. 

Inicialmente, buscando avaliar a viabilidade da terapia, as células-tronco obtidas do cordão umbilical do próprio doente ou de seus irmãos foram infundidas em 276 crianças com condições neurológicas como autismo e paralisia cerebral. As crianças foram acompanhadas por um ano após o tratamento e, ao final de duas fases da pesquisa, os pesquisadores concluíram que a terapia com células-tronco extraídas do cordão umbilical é segura e viável nesses casos. Foram observados efeitos adversos somente transitórios e o estudo segue em andamento para avaliar a eficácia e durabilidade dos benefícios nos pacientes. Os resultados preliminares deste estudo conduzido por McLaughlin e colaboradores podem ser acessados em https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC6713528/pdf/SCT3-8-S4.pdf