A endometriose nos ovários pode estar relacionada a partos prematuros. É o que sugere um estudo feito por pesquisadores da Monash University, na Austrália. Para chegar a esse resultado, foram analisados os registros de 6.750 nascimentos de bebês únicos. Comparando os dados sobre as características da gravidez das mulheres selecionadas, os especialistas encontraram maior índice de partos prematuros em mães com endometriose ovariana. A combinação dessas características pode antecipar o parto, e um dos fatores é o processo inflamatório causado pela doença, que pode aumentar as contrações uterinas e antecipar o parto.
Os especialistas afirmam que não há motivos de alarde. Contudo, as mulheres com endometriose – estima-se que 15% em idade reprodutiva – devem ter cuidado redobrado na gravidez. Nos três primeiros meses, os médicos recomendam doses de progesterona, o chamado “hormônio da gravidez”. A partir de então, visitas ao obstetra com frequência garantem o bom andamento da gestação.
O que é endometriose
A doença acontece quando células do tecido do endométrio – camada que reveste o útero – migram para outras regiões do corpo. O principal sintoma da endometriose é a dor e, em segundo lugar, a infertilidade. Muitas mulheres descobrem que têm a doença ao fazer tratamentos para engravidar. Os médicos aconselham às pacientes que se submetam aos tratamentos de fertilização ao invés de curar a endometriose, pois o resultado costuma ser mais satisfatório.
O tratamento definitivo da doença é cirúrgico. Mas ela pode ser controlada por medicamentos. Os especialistas explicam que o diagnóstico é o passo mais complicado. Por mais comum que seja, a endometriose ainda é desconhecida por muitas mulheres, e descartada por seus médicos. Além disso, ela só pode ser comprovada por meio de intervenção cirúrgica. No entanto, existem técnicas que ajudam a diagnosticar a doença, incluindo exames não invasivos e o ultrassom.