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Desafio do balde de gelo destaca doença que poderá ser tratada com células-tronco

Nos últimos dias, inúmeros vídeos com a presença de celebridades que aderiram ao “desafio do balde de gelo” chamaram a atenção de quem acessa as redes sociais com frequência. Trata-se de uma campanha mundial para arrecadar fundos em favor da Associação Pró-Cura da  Esclerose Lateral Amiotrófica. Afinal, você sabe o que é a ELA?

Trata-se de uma doença degenerativa rara, com incidência de dois casos para cada 100 mil pessoas. No Brasil, a estimativa é de que 15 mil habitantes tenham essa patologia. Segundo Sandra Mota, presidente da entidade beneficiada pela campanha, existem mais de 500 estudos sobre a ELA, mas nenhum demonstra, de fato, qual é a causa. Além disso, o diagnóstico é complexo e demorado. Nos Estados Unidos, a ELA é conhecida como doença de Lou Gehrig, em referência ao jogador de beisebol norte-americano, Henry Louis Gehrig, que morreu aos 36 anos por causa da enfermidade na década de 60.

Esclerose é um termo genérico que significa endurecimento e cicatrização. No caso da ELA, refere-se ao endurecimento da porção lateral da medula espinhal decorrente da morte dos neurônios motores superiores. Mio refere-se a músculo, e atrofia é um termo médico usado quando alguma coisa torna-se menor ou se enfraquece.
Amiotrófica refere-se à fraqueza dos músculos que se tornam atróficos devido à morte dos neurônios motores inferiores (originados da porção anterior ou ventral da medula espinhal).
Esclerose Lateral Amiotrófica significa, portanto, fraqueza muscular secundária com comprometimento dos neurônios motores.

Células-tronco

O uso de células-tronco como terapia reparativa ou regenerativa é uma das mais promissoras alternativas para tratar a ELA. O isolamento de células-tronco de células embrionárias ou de tecido fetal, expandidas em culturas, permite a sua diferenciação em neurônios.
Entretanto, até o momento, a terapia com a simples administração das células-tronco nos locais onde há degeneração celular não foi suficiente em virtude de que os neurônios de grande projeção, como aqueles envolvidos na ELA e na doença de Parkinson, requerem não somente um repovoamento regional, mas também uma instalação da rede de sinapses.

O certo é a evolução dos ensaios clínicos nessa área. “Há estudos com pacientes diagnosticados com ELA, recebendo tratamentos com células-tronco hematopoiéticas da medula óssea, células mesenquimais do cordão umbilical e células-tronco provenientes do tecido neuronal de fetos humanos. Pesquisadores buscam saber qual a melhor via de administração e o tipo de célula-tronco mais adequada para tratar essa doença, mas, fundamentalmente, esperam poder replicar a resposta positiva que obtiveram em experimentos pré-clínicos (com animais) em pacientes”, relata a diretora médica e científica do Hemocord, Karolyn Sassi Ogliari.

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