Conselho Federal de Medicina aprova uso de membrana amniótica no Brasil
A partir de agora, milhares de pacientes brasileiros poderão ser beneficiados com as propriedades curativas das células-tronco obtidas da membrana amniótica. O Conselho Federal de Medicina (CFM) acaba de liberar o uso da membrana amniótica como recurso terapêutico não experimental. Até então, o Brasil não possuía legislação regulamentando e autorizando a captação e o processamento de membrana amniótica.
De acordo com o parecer CFM nº 12/2021, de 21 de outubro, “o procedimento de uso da membrana amniótica nos pacientes queimados, com úlceras de pé diabético, úlceras venosas de membro inferior, pacientes com aderências uterinas pós-histeroscopia e pacientes com certas afecções oculares, encontra respaldo científico para ser aprovado como um procedimento não experimental”. O Hemocord já oferece o serviço de coleta, processamento e armazenamento da membrana amniótica para uso oportuno e futuro.
Propriedades da membrana amniótica
A membrana amniótica é o tecido que compõe a parte mais interna do envoltório fetal e pode ser coletada no momento do nascimento do bebê sem dor ou prejuízos ao feto e mãe. Ela tem sido usada há décadas como um curativo biológico, pois é rica em fatores de crescimento e citocinas que comprovadamente promovem a cicatrização de feridas.
Ensaios clínicos para tratar queimaduras na pele e alterações na córnea sugeriram que as células-tronco extraídas da membrana amniótica aceleram a recuperação por meio da inibição da inflamação e da liberação de fatores de crescimento. As células-tronco mesenquimais amnióticas humanas tem funções de regulação imunológica, anti-inflamatória e regeneração de vasos.
Por apresentar essas propriedades, a membrana tem múltiplos usos em diversas áreas da medicina. A maioria das terapias com este material biológico estão direcionadas ao tratamento de queimaduras graves, enfermidades oftalmológicas e cicatrização de feridas.
Ainda falta uma etapa burocrática que depende da liberação da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias do SUS (CONITEC), e da publicação da legislação por parte do Ministério da Saúde, para sua utilização.
Por que armazenar?
Auxilia na regeneração de tecidos como a pele e a córnea.
Proporciona redução da dor local, favorece a cicatrização e protege contra
contaminação de feridas por bactérias.
Pode complementar os enxertos de pele.
A coleta é indolor, e só será feita depois do nascimento do bebê, no laboratório.
Pode ser usada para qualquer pessoa, pois independe de compatibilidade.
Confira na íntegra a autorização disposta no parecer CFM nº 12/2021, de 21 de outubro, disponível em: > https://sistemas.cfm.org.br/normas/visualizar/pareceres/BR/2021/12<
Fonte consultada: Kogan, S.; Sood, A. and Granick, M.S> Amniotic Membrane Adjuncts and Clinical Applications in Wound Healing: A Review of the Literature. Wounds, 2018 Jun;30(6):168-173. Disponível em: > https://www.hmpgloballearningnetwork.com/site/wounds/article/amniotic-membrane-adjuncts-and-clinical-applications-wound-healing-review-literature <