Plantão 24h: 0800 600 3450 | (51) 99567 0888 | (51) 99535 9691
Logotipo Hemocord
Logotipo Hemocord

Bronquiolite

O médico disse que meu bebê está com bronquiolite. É grave?

A princípio, os resfriados parecem relativamente simples de tratar. Mas há muitas variações sobre o tema, e a bronquiolite é uma delas. A bronquiolite decorre da inflamação das pequenas vias aéreas dos pulmões (bronquíolos), provocada por um vírus e agravado pelo acúmulo de muco. Isso dificulta a passagem do ar, causando sintomas parecidos com os da asma.
Uma das causas da doença é um vírus chamado sincicial respiratório (VSR), que também pode provocar infecções de ouvido, laringite, além de pneumonia. Mas outros vírus também podem causar bronquiolite, como o rinovírus (do resfriado comum), o adenovírus, o influenza (da gripe), dentre outros.
Pesquisas indicam que bebês infectados por esse vírus podem ficar mais suscetíveis à asma e a outros problemas respiratórios no futuro, mas a relação não foi completamente estabelecida.
Geralmente, a bronquiolite começa com sintomas de resfriado e, para muitas crianças, o vírus acaba não tendo maior impacto do que isso. Para outras, no entanto, sintomas mais leves, como nariz escorrendo, tosse e febre baixa, acabam se agravando e levando a dificuldades para respirar e, às vezes, a chiado no peito. Muitos bebês também ficam irritados e inapetentes.

Há bebês que correm mais risco que outros?

Entre as crianças mais vulneráveis a desenvolver uma insuficiência respiratória, de maior gravidade por causa do vírus da bronquiolite, estão os bebês nascidos prematuros, os nascidos com problemas cardíacos ou pulmonares e aqueles com deficiências no sistema imunológico.
Nesses casos, a bronquiolite pode ser extremamente grave e deve ser tratada o quanto antes (os casos mais sérios ocorrem em bebês com menos de 6 meses) no hospital.

O que fazer se meu filho estiver com o vírus?

Assim como os resfriados comuns, não há fórmula mágica ou única para tratar a bronquiolite, no entanto há medidas simples para deixar o bebê menos desconfortável:
• dê uma boa quantidade de líquidos para mantê-lo hidratado (se ele ainda mamar no peito, amamente com frequência);
• eleve a cabeceira do berço ou da cama colocando uma toalha ou cobertor dobrado entre o estrado e o colchão (não use travesseiros no berço). Ou experimente colocar o bebê para dormir na cadeirinha do carro (se tiver as do tipo que são fáceis de retirar) ou bebê conforto. A elevação da cabeça facilita a respiração quando o nariz está entupido;
• inalações com soro fisiológico podem ajudar o bebê a eliminar o catarro das vias aéreas. Peça orientações ao seu medico;
• se o pediatra recomendar, dependendo do clima de sua cidade, use um umidificador no quarto para umedecer as vias aéreas da criança e facilitar a respiração. Certifique-se de seguir as instruções de limpeza do fabricante, porque um aparelho sujo só vai servir para espalhar germes pelo ar;
• mantenha seu filho longe de fumaça de cigarro, tinta fresca, madeira ou lenha queimada; agentes que podem dificultar ainda mais a respiração. A exposição à fumaça de tabaco deixa a criança mais suscetível a um quadro sério de bronquiolite ou a outros vírus respiratórios;
• se o bebê tem menos de 6 meses, converse com o médico para saber se pode dar paracetamol, a fim de diminuir o incômodo físico. Se ele já tiver mais de 6 meses, veja com seu médico qual é a dose correta de paracetamol ou ibuprofeno.
Atenção: Não dê remédios contra resfriado por conta própria. Pode até parecer que ajudam a curto prazo, mas, na verdade, têm potencial para agravar a situação, além de apresentarem efeitos colaterais graves.
Especialistas alertam: crianças menores de 2 anos nunca devem tomar remédios para resfriado, a menos que seja prescrito pelo médico; e os próprios laboratórios farmacêuticos dizem ser preciso cuidado especial com esse tipo de remédio para crianças com menos de 4 anos.

Como saber se meu filho está com bronquiolite e não só com um simples resfriado?

Os sinais para ficar de olho são sintomas leves de resfriado que ficam mais pronunciados dias depois, como tosse e dificuldade para respirar. Se seu filho corre mais risco de ter complicações ou se você está na dúvida, o mais sensato é procurar um médico.
Esteja atenta aos seguintes sinais de problemas respiratórios e contate o pediatra imediatamente:
• narinas mais abertas e grande expansão da caixa torácica a cada respirada;
• pele repuxada ou esticada demais entre as costelas, acima da clavícula ou abaixo da caixa torácica;
• contração dos músculos abdominais ao respirar (este e os dois sintomas anteriores configuram o chamado desconforto respiratório. A criança precisa usar demais a musculatura para conseguir respirar);
• chiado com um som de apito ao respirar;
• tosse;
• falta de apetite;
• lábios e unhas azulados.

Há como prevenir a bronquiolite?

O vírus é transmitido através de contato físico, ou seja, circula facilmente em ambientes fechados, berçários, escritórios e até dentro de casa. Ele pode sobreviver por seis horas, então, a boa higiene é fundamental para combatê-lo. Lave suas mãos e as das crianças com frequência, e não tenha vergonha de pedir às visitas fazerem o mesmo antes de segurar o bebê.
Não tenha o hábito de compartilhar copos ou talheres com seu filho ou mesmo entre as crianças da família. Um irmão mais velho com sintomas de resfriado pode transmitir o vírus ao bebê.
Muitos médicos recomendam ainda que os bebês tomem a vacina da gripe anualmente, já a partir dos 6 meses de idade. Essa vacina tem sido fornecida todos os anos pelos postos de saúde a crianças pequenas.
No caso de prematuros ou bebês mais vulneráveis à doença, como crianças com problemas no coração ou doenças pulmonares, o pediatra pode receitar alguns medicamentos feitos com anticorpos sintetizados em laboratório, que protegem contra um dos vírus que causam a bronquiolite, o VSR. Contudo, é um tratamento extremamente caro, feito com injeções mensais durante os cinco meses de maior incidência do vírus, e fica reservado apenas para casos especiais.

crossmenu