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Aplasia medular interrompe a produção sanguínea e pode levar à morte

aplasia medular

Tratamento é feito à base de antibióticos e transfusões, mas pode necessitar de transplante de medula em casos mais graves.
Aplasia da medula óssea é uma das formas mais severas de aplasia, termo usado para descrever uma falha no desenvolvimento de algum tecido ou órgão no corpo. O paciente com a doença não produz suficientes células sanguíneas, necessitando receber transfusões para controlar a anemia grave e o baixo número de plaquetas.


De acordo com o médico hematologista, Marcelo Capra, da Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre, quando a doença se manifesta, ocorre uma falência na produção das células do sangue. “Há uma destruição das células-tronco hematopoiéticas (células que dão origem aos glóbulos vermelhos, brancos e plaquetas). Com essa destruição, a medula fica ‘vazia’, ou seja, sem células-tronco, consequentemente, não há produção de glóbulos brancos (levando a infecções), de glóbulos vermelhos (causando anemia) e de plaquetas (ocasionando sangramentos)”.



Conforme o especialista, “geralmente, a origem é autoimune, ou seja, por algum motivo, o organismo começa a produzir anticorpos contra as células-tronco, matando as células produtoras do sangue. Alguns casos, bastante esporádicos, envolvem o uso de alguns medicamentos e de pesticidas derivados do benzeno”, explica Capra.
A aplasia medular apresenta sintomas como sangramentos de mucosas, microssangramentos na forma de hematomas na pele, além da diminuição de um ou mais tipos de célula sanguínea. Os sinais podem aparecer subitamente ou de modo mais lento. Além dos sangramentos, pode haver quadros de anemia, fadiga, falta de ar, taquicardia, palidez, infecções frequentes, tonturas e dores de cabeça.
O tratamento da doença envolve transfusões sanguíneas, através das quais o paciente recebe concentrados de glóbulos vermelhos para correção da anemia, ou de plaquetas para ajudar a conter os sangramentos. O uso de antibióticos também é uma prática adotada, a fim de combater possíveis infecções.
Caso recente no RS
Em casos muito graves, o transplante de medula óssea é a única opção para o paciente com aplasia. Como a história da menina Ana Luiza, 6 anos, que recebeu a medula da irmã, Antônia, em agosto de 2014, acompanhada por uma equipe médica do Hospital de Clínicas de Porto Alegre.
Ana Luiza foi diagnosticada com aplasia medular três anos antes, e sua irmã foi gerada justamente pela necessidade de um transplante aparentado. No entanto, os médicos tiveram que esperar até o bebê completar um ano de vida para que o procedimento pudesse ocorrer com maiores chances de sucesso.
O sangue coletado do cordão umbilical durante o parto é uma das alternativas para tratar a aplasia medular, entre outras doenças.

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