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Sacola plástica pode salvar bebês em partos complicados

Nova técnica adaptada por um argentino mecânico de carros – que tem como base uma sacola plástica – ganhou um aval da OMS.

Atualmente, quando há dificuldade para o bebê ser expelido pelo canal vaginal no momento do parto, muitos médicos apelam para o uso do fórceps – e de outras técnicas de sucção com alto risco de sequelas no bebê – e para a cesariana. Em mãos inexperientes, essas técnicas podem causar hemorragias, esmagar o crânio e até torcer a coluna vertebral do recém-nascido. Porém, o impasse está próximo de sofrer um grande avanço com a nova técnica chamada de Dispositivo Odón.
A ideia surgiu enquanto seu criador Odón dormia. De alguma forma, seu inconsciente fez a ligação entre um vídeo do YouTube, ao qual ele havia acabado de assistir sobre como tirar uma rolha estragada de uma garrafa de vinho, e a conclusão de que o mesmo truque “mágico” poderia salvar um bebê preso no canal vaginal.
Odón construiu o primeiro protótipo na cozinha de sua casa, usando uma jarra de vidro como útero, uma boneca da filha como o bebê preso e um saco de pano com uma manga costurada pela esposa como sendo o aparelho que salvaria vidas.
Por mais improvável que pareça, a ideia ganhou aval da Organização Mundial de Saúde (OMS), a visibilidade na imprensa em uma matéria do New York Times e o interesse de grandes doadores, como a de uma empresa norte-americana de tecnologia médica que acaba de ser licenciada para a produção.

VEJA COMO FUNCIONA:

Odón Device
Com o aparelho Odón, o assistente desliza uma bolsa plástica por dentro de uma manga também plástica e lubrificada ao redor da cabeça do bebê, infla a bolsa de forma a envolver sua cabeça e a puxa até que o bebê saia junto.

O produto tem um potencial enorme para salvar bebês nos países mais pobres e, talvez, para reduzir a quantidade de cesarianas, tanto pelo baixo custo de fabricação, quanto pela facilidade de manuseio do mecanismo. Embora haja mais planos de testes para o aparelho Odón, ele parece seguro para ser usado por parteiras, ainda que com pouco treinamento.
Segundo Mario Merialdi, coordenador chefe da OMS, entrevistado pelo New York Times, o dispositivo também contribui para a saúde materna, visto reduzir a necessidade de episiotomia (incisão efetuada na região do períneo para ampliar o canal de parto), e já ganhou verbas da Agência de Desenvolvimento Internacional dos Estados Unidos e da Grand Challenges Canadá para pesquisa.

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