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Menina obtém remissão de um câncer após tratamento combinado com sangue de cordão umbilical

No final de 2009, César Cavallé contratou o serviço de coleta e criopreservação do sangue do cordão umbilical para sua filha Telma, que nasceu em 05 de janeiro de 2010. Seis anos depois, as células-tronco obtidas do cordão contribuíram para salvar a vida da menina. Nesse meio tempo, a família pensou em cancelar o serviço de armazenamento por diversas vezes, mas nunca chegaram a fazê-lo. Uma semana após completar 5 anos de idade, Telma foi diagnosticada com neuroblastoma metastático estádio IV, considerado de alto risco. Como se tratava de um tumor muito agressivo, o prognóstico exigia um tratamento intensivo de quimioterapia, radioterapia e cirurgia. Segundo o Dr. Jaime Pérez de Oteyza, chefe de Hematologia e Onco-hematologia dos Hospitais HM e professor titular da Universidade CEU San Pablo, alguns pacientes podem melhorar muito e até mesmo entrar em remissão através desses tratamentos, mas outros casos requerem o transplante de medula óssea.
 
O tratamento contra o neuroblastoma costuma ter taxas de sucesso entre 30% e 40% dos casos, enquanto a Leucemia Aguda Linfoblástica, o tipo de câncer infantil mais comum, chega a 90% de chances de cura. Nesses casos, geralmente há necessidade de um transplante autólogo, com células provenientes do próprio paciente, o que foi mais um dificultador no caso de Telma, já que o câncer havia contaminado sua medula. Por isso, poder utilizar as células coletadas durante o parto foi tão importante: “No total, foram 1,3 milhões de células nucleadas com ausência de contaminação bacteriana, apresentando ótimas qualidades para o transplante”, afirma Perez de Oteyza.
 
Para que o transplante tivesse mais chances de êxito, a doença precisava estar em remissão, o que levou bastante tempo no caso de Telma. As primeiras sessões de quimioterapia começaram em janeiro de 2015, sem sucesso. A equipe médica apresentou à família a possibilidade de submeter a menina a um tratamento experimental, que estava sendo conduzido com um grupo de 20 crianças em toda a Europa. Tratava-se de cinco doses de quimioterapia, mas Telma foi submetida somente a três delas, devido aos efeitos colaterais do medicamento. Mesmo assim, a doença deu sinais de regressão e a equipe médica vislumbrou a possibilidade do transplante de células-tronco. Para aumentar as possibilidades de sucesso, Telma recebeu uma dose de quimioterapia de alta densidade, porém, sua imunidade ficou muito abalada e a menina precisou ficar em isolamento durante um mês no Centro Maktub, da Fundação Aladina. Ao final desse período, finalmente foi realizado o transplante e exames mostraram, 12 dias depois, que suas defesas imunológicas estavam voltando a se restaurar.
 
Somente após todo esse processo aconteceu em março de 2016 a cirurgia para remoção da maior parte da massa tumoral, seguida por 14 sessões de radioterapia. O passo final, a imunoterapia, precisou ser adiada até que Telma apresentasse capacidade pulmonar suficiente, o que aconteceu em setembro do mesmo ano.
Desde então, estão sendo feitas revisões a cada três meses, sempre com o mesmo resultado: a medula de Telma está limpa e sem rastros da doença. Os médicos já consideram que ela esteja em remissão completa.
 
Fonte: Jornal El País
Link para a matéria completa: https://elpais.com/elpais/2019/06/24/mamas_papas/1561372387_385422.html?id_externo_rsoc=FB_CC&fbclid=IwAR2tXbWSe_0m9-Mycd_e2mI48pxHtEbk0S4oJ9euJbSPTAYXP1skQ–fgas

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